quinta-feira, 31 de março de 2011

Filme: A Festa de Babette

A Festa de Babette é um filme dinamarquês de 1987, dirigido por Gabriel Axel e baseado em um conto de Karen Blixen. A história começa em 1871, quando uma francesa misteriosa (Babette) chega foragida a um povoado simples e provinciano. Ela trabalha na casa de duas irmãs solteironas, muito religiosas, filhas de um pastor. Um dia, Babette recebe uma carta: ganhara 10 mil francos na loteria.
Babette (Stéphane Audran)

Em vez de usar o dinheiro para retornar à França, a mulher pede às irmãs se pode cozinhar o banquete em homenagem ao pastor falecido que comemoraria 100 anos de nascimento. Quando começam a chegar os ingredientes, as irmãs se assustam: tartagura, codornas e até vinhos foram encomendados. Uma orgia gastronômica comparada às refeições simples que costumavam fazer: uma sopa de pão com água e cerveja preta era muito comum.
Babette e as irmãs, Martina e Philippa
Com medo, os convidados decidem que ninguém fará comentário elogioso algum à refeição, para não pecar - já que a comida deveria simplesmente alimentar o corpo, e não trazer prazer. Apesar da promessa, é cômico ver as fisionomias dos convivas... Cada vez que provam algo surpreendente, relembram um ensinamento religioso.
Os convidados durante o banquete de Babette
O único que comenta e assume adorar o que come é o General Lorens, que vivera em Paris - ele recorda o Café Anglais, onde teria feito uma refeição memorável. Babette, ao final, revela um segredo.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Paul Bocuse

Paul Bocuse será proclamado hoje, em uma cerimônia em Nova York, Chef do Século pelo Culinary Institute of America (CIA). Monsieur Paul, como é conhecido, tem 85 anos e começou sua carreira em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele está oficialmente aposentado, mas ainda visita a cozinha para provar ao menos uma produção de sua equipe.
Seu restaurante L'Auberge du Pont de Collonges tem 3 estrelas do Guia Michelin há 46 anos.
A foto linda é reprodução do flickr do ulterior epicure
Em entrevista, Bocuse disse que há uma receita extremamente simples para o sucesso: bons produtos frescos da horta e uma excelente equipe na cozinha. Monsieur Paul declarou também que "a cozinha de hoje é complicada. É complicado ter bons fornecedores. Penso que encontrar o melhor, o melhor açougueiro, o melhor peixeiro, o melhor vegetal, que é importante", disse ele. Em compensação, em outros aspectos o trabalho ficou mais fácil. "A profissão mudou muito. Não há mais carvão. Basta apertar um botão e você tem o calor."
Monsieur Paul e sua equipe (foto The Telegraph)

Em 2004, o chef criou a Fundação Paul Bocuse e promove o concurso anual Bocuse d'Or, que premia novos chefs do mundo todo.

Ovo

Ovo: considerado vilão e herói inúmeras vezes na história, o alimento volta a ter destaque nos restaurantes. A reportagem publicada na Folha de S.Paulo (17/02/2011) conta que há até aplicativo para o iPhone que ajuda no preparo de ovos moles, duros ou no ponto médio.
"São esses ovos, antes renegados, de preparos triviais (pochê, frito, cozido ou mexido), que voltam a aparecer em cardápios paulistanos depois da moderna onda dos tais "ovos perfeitos" submetidos a um cozimento lento, em baixa temperatura."

terça-feira, 29 de março de 2011

Brigadeiro Doceria

Dia do meu aniversário. Saímos do Divina Itália sem comer sobremesa porque queríamos conhecer a Brigadeiro Doceira. Valeu a pena esperar algumas horas pelo doce... Pedi uma fatia de bolo prestígio: molhadinho, bem recheado e com lascas de coco fresco por cima. 
O bolo prestígio, da Brigadeiro Doceria
A torta de limão também estava ótima, apesar do merengue um pouco murcho (mas já eram 16h e acredito que os doces sejam feitos de manhã). Provei também um brigadeiro clássico, que lembrou os brigadeiros da minha mãe, quando ela faz com leite condensado cozido: macio e cremoso (R$3). O café bem tirado é Suplicy e vem em uma charmosa bandejinha, para que cada um leve à mesa que preferir. Elegi a varanda do primeiro andar como meu lugar preferido. Ali, uma mesa redonda de ferro com tampo de vidro é rodeada por cadeiras e coberta por um ombrelone.
A varandinha da doceria, no 1º andar
Mas a casinha antiga inteira esconde ambientes aconchegantes, com cara de casa de avó (ou bisavó). Móveis restaurados, receitas de família enquadradas nas paredes, banheiro com louças antigas e gastas. No quintalzinho da entrada, os bichos têm nomes doces: a dupla de canários é Cravo e Canela, as tartaruguinhas, Geleia e Gelatina. Provar um brigadeiro com sabor de infância observando a rua tranquila dá a sensação de que o tempo, às vezes, pode parar um pouquinho. Nem que seja só para o doce durar mais.
O brigadeiro tradicional: macio e cremoso (R$3)
Obs. fotos divulgação/Tadeu Brunelli. Veja mais aqui.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Polêmica: Restaurant Week


Nesta edição do Restaurant Week, um dos assuntos mais comentados foi a entrada do Arturito, da chef Paola Carosella, no evento. As reservas acabaram no mesmo dia que puderam começar a ser feitas.
Na sexta-feira, 25 de março, Paola deu uma entrevista ao Guia da Folha e começou a polêmica: segundo ela, o valor do menu promocional é inviável para o Arturito. A declaração provocou reações diversas entre os consumidores e a matéria teve 95 comentários no site da Folha. Benny Novak, do 210 Diner e Ici Bistrô, colocou o link da reportagem em seu twitter e Paola respondeu: "@BennyNovak péssima ideia tudo, ter participado, ter falado, opinar, pensar diferente, péssima ideía...virei arrogante e metida, uma pena". O chef solidarizou-se: "@PaolaCarosella vc falou o que acha, e é exatamente por esses motivos que nós nunca entramos no RW. To com vc. Relax! Bj"

Apesar das diferentes opiniões, tanto dos chefs e proprietários quanto dos clientes, acho que vale uma reflexão sobre o Restaurant Week: creio que a ideia inicial do evento fosse aumentar a visibilidade dos restaurantes e facilitar o acesso dos clientes a eles. Se como cliente posso conhecer uma casa nova e posso pagar menos por isso, é vantajoso. Me "arrisco" em um lugar novo, gasto menos do que o normal e, se gostar, volto em outra ocasião. Para o restaurante, é uma grande vitrine: muita gente aparece para conhecer, provar a comida, testar o serviço. Se tudo for bem, o cliente volta.

É na conclusão deste processo que mora o problema. Cansei de ouvir de amigos e conhecidos relatos de refeições e experiências horríveis. Muitíssima espera, serviço grosseiro, porções pequenas e mal feitas - ponto de cozimento errado, tempero desequilibrado, apresentação ruim - estão entre as reclamações.
A pergunta que fica é, desculpe o clichê, "que vantagem Maria leva?". Restaurantes, qual a vantagem? Clientes, qual a vantagem?
Fui uma única vez a um restaurante durante o evento e não foi legal: serviço ruim, a comida chegou fria e nada apetitosa e, no final, com bebidas, gastei quase R$50. Para mim, a conta não fechou: com o mesmo valor poderia ter tido um almoço mais honesto em outro lugar. E você, teve experiências boas ou ruins?

Divina Itália

Dia do meu aniversário. Quinta-feira, dia útil, dia de folga do trabalho. Já seria excelente, mas quis que fosse perfeito, então fui almoçar num delicioso restaurante italiano na Vila Madalena: Divina Itália. Aberta em 94, a cantina fica em uma casinha branca na Mourato Coelho. A fachada é discreta, cuidado para não passar reto.
A dica é sentar no quintal: o ambiente despretensioso que nada lembra o verde-vermelho das tradicionais cantinas tem mesas de madeira com florzinha e jogo americano, chão de cascalho e plantas. Para chegar lá, você passa pela cozinha e pode ler, num quadro, uma crítica da casa assinada por Josimar Melo no ano de inauguração.
Pedimos couvert, que traz sardela, berijela cozida e temperadinha e um patê de maionese, alho e azeite (R$5 por pessoa). O pão italiano vem morno e crocante. De principal, massa do dia (pedi espaguete) com rúcula, queijo branco e tomates frescos (R$19) e lasanha tradicional (a porção individual custa R$20 e a para duas pessoas R$40).
Chegamos relativamente tarde, passava das 14h, mas o serviço foi atencioso, soube explicar o cardápio e os pratos, que chegaram rápido e fumegantes à mesa. Só não provei as sobremesas porque tinha outro lugar para visitar na sequência...
Fico devendo fotos; as do site são pequenas e não levei minha máquina no dia.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Valrhona Chocolat et Lounge

Fui conhecer a Valrhona ano passado, a convite da assessoria. Fiz uma nota que saiu na edição especial Gourmet da Wish (nº 40). Aqui conto mais detalhes.

Chocolates da marca francesa Valrhona
O Chocolat et Lounge de São Paulo é a primeira loja da marca fora da França e fica na Alameda Lorena. Os chocolates - em barra, pó, bombons e tabletes - são trazidos mensalmente para o Brasil. Até bem pouco tempo a Valrhona só fornecia matéria-prima para confeiteiros e restaurantes top. Agora os chocolátras e gourmets podem ter os produtos de altíssima qualidade em casa.
Provei dois sabores de bombom (ganache de café e mousse de pêra), mas são 25 opções. Experimentei também o suflê de chocolate Guanaja (70% cacau), tão leve que desmancha na boca, e o chá Noite Árabe (blend de chá verde de Taiwan e pretos da Índia, Sri Lanka e China, da Loja do Chá), harmonizado com um tabletinho de chocolate Caraïbe, 66% de cacau produzido na costa caribenha, com notas fortes e final floral.
Outra boa pedida é o chocolate quente feito com Manjari, 64% de cacau de Madagascar: vem com uma barrinha para ser derretida na bebida quente. Para os mais contidos, há cinco tipos de café – carta do Octávio Café – e outros oito chás da Loja do Chá, todos harmonizados e servidos com um tablete do chocolate correto.

Al. Lorena, 1818 - Jardins
tel. 11 3068 8899

quinta-feira, 24 de março de 2011

Enoteca Fasano com descontos de até 40%

Até 2 de abril, fim da semana que vem, a Enoteca Fasano promove um megabazar com descontos de até 40% em rótulos franceses, italianos e espanhóis. Há cerca de 50 vinhos com preços mais baixos na loja do Itaim, como o tinto Le Bronche Cabernet Sauvignon, 2004, da Toscana, que sai de R$ 219 por R$ 131,40 e o Clos Canos Tradition, 2004, que sai de R$ 98 por R$ 58,80. A compra pode também ser feita pelo televendas, no (11) 3074 3959.

Rua Amauri, 255 - Itaim Bibi
tel. 11 3168 1255
Manobrista e estacionamento gratuitos no local

quarta-feira, 23 de março de 2011

Agradecimento

Um pouco atrasado, um agradecimento especial ao querido Anderson, que fez a arte do blog. Ficou lindo, não ficou? Apesar de eu não conseguir explicar exatamente o que queria, ele entendeu perfeitamente e, melhor, surpreendeu. Além de excelente designer, ele também escreve (dá uma certa invejinha escrever e não saber nada de photoshop e afins rs): no blog Lambretta Brasil ele conta toda a saga de reformar uma Lambretta 1961 e busca sempre curiosidades, reportagens, anúncios e histórias de quem teve bons momentos com uma scooter italiana.

Millesime São Paulo

Alguns amigos costumam me dizer que tenho o melhor emprego do mundo. Como repórter da Wish, realmente tenho oportunidades inacreditáveis. Ontem foi um dia dos memoráveis: fui cobrir o Millesime, evento que acontece há quatro anos em Madri e chegou, enfim, a São Paulo.
Workshop de Alex Atala, que fez pratos que serve no DOM
Participei da parte da manhã do evento (à noite são só jantares): assisti aulas de Helena Rizzo, do Maní, do Alex Atala, nem preciso apresentar, e do José Barattino, do Emiliano. Helena, apesar de problemas técnicos com um cooktop manteve o bom humor e com aquele sotaque gostoso ensinou uma releitura da salada Waldorf.
Atala me surpreendeu: apesar de famoso mundialmente, dono do 18º melhor restaurante do mundo, o cara é total simpatia e sem afetação. Busca os melhores ingredientes, estuda formas de preparo e trabalha muiiito até chegar ao resultado que quer. Determinado demais; foi uma honra conhecê-lo!
A última aula foi ministrada pelo Barattino, do Emiliano, provavelmente o chef mais sustentável do Brasil. Se tem um cara que pesquisa ingredientes, vai atrás de fornecedores cada vez melhores, valoriza muito o orgânico, é ele. Fez - e nos serviu - um nhoque de milho simples e sensacional. To louca pra provar outros pratos dele.
José Barattino, chef do Emiliano
Encontrei também com o Rodrigo Oliveira, do Mocotó (escrevi sobre aqui e tem um perfil do chef aqui), sempre gentil e querido; conheci Raphael Despirite, do Marcel, e Bel Coelho, do Dui. Os três dividem um estande chamado "Jovens Mestres" e mostram aos visitantes e chefs espanhóis o trabalho de uma nova e promissora geração da gastronomia brasileira.
Pude provar, da Bel, sagu de vinho do Porto com espuma de brandade de bacalhau, quadradinho de mandioquinha com maracujá com farofa de aviú (camarão do norte), e risoto de paio com fava e couve crocante, de um sotaque português maravilhoso.

O Raphael estava servindo mini lula salteada com nirá e molho ponzo, um creme de mussarela de búfala com compota de cupuaçu e farofa (uma combinação especial), e língua de boi defumada com pipoca de alcaparra. Fiquei com certo preconceito, mas lembrei do Homem que Comeu de Tudo e mandei bala: a língua é ótima, leve, uma textura maravilhosa, super saborosa.
Rodrigo Oliveira, do Mocotó, sempre gentil e querido
O Rodrigo fez quadradinho de tapioca com quejo coalho e molho de pimenta, delícia que ele serve no restaurante, e um purêzinho de batata com tutano, servido com pedacinhos de carne de sol e bolinhas crocantes de tapioca.

Voltei para a redação com a alma satisfeita: a comida, sim, é mais que maravilhosa, é um espetáculo de cores, sabores, aromas, texturas. Mas poder encontrar, ouvir e aprender com essas pessoas tão dedicadas, que amam sua profissão, é revigorante. E alimenta.

www.millesimesaopaulo.com
obs. Fotos divulgação/Waldemir Filetti

Diletto

Conheci os picolés da Diletto há pouco tempo e sou completamente apaixonada. Já provei quase todos os sabores: chocolate italiano, coco da Malásia, sorbet de chocolate de origem, framboesa e pistache.
A foto linda é da Reverbcity, onde você encontra Diletto
Meu preferido é o de coco, parece um creme, diferente dos picolés comuns, cheios de água. O de pistache também não é nada parecido com o que encontramos por aí, porque é feito com pistaches de verdade, cultivados na região do Bronte, na Sicília. Quando provei o de framboesa nem acreditei: imagine pegar as frutinhas, macerá-las e comê-las. O picolé é examente isso, só que gelado e no palito. Quando você começa a consumir Diletto, não dá mais para trocar por outro. Custam de R$4 a R$6 e não há equivalente entre as marcas comuns.
Obs. Pronuncia-se "dilétto", segundo meu querido editor-amigo italiano Mario Ciccone.

terça-feira, 22 de março de 2011

Food Experience

Primeiro, eu amei e fiquei super empolgada. Daí, deu vontade de chorar: este curso incrível dura 12 segundas-feiras, mas é em... Porto Alegre. To rezando, fazendo promessa e simpatia para que os organizadores façam um em São Paulo. Quando acontecer, não vou perder por nada. Enfim. O Food Experience é um evento, não simplesmente um curso de gastronomia. Esta edição reunirá as seguintes feras:

Benny Novak (Tappo Trattoria, Ici Bistrot e 210 Diner), Claude Troisgros, Rafael Mantesso (blog Marketing na Cozinha), Regis Pina (Cia Tradicional de Comércio: Astor, Pirajá, Original, Bráz Pizza etc), Rodrigo Oliveira (Mocotó) e, como madrinha do evento, a premiadíssima Roberta Sudbrack, entre outros. 

Aqui você pode ver a programação, a descrição do evento, quem são cada um dos palestrantes e as datas: de 11 de abril a 27 de junho. Chorei com razão, né?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cafeteira Italiana


Há pouco mais de seis meses costumo fazer café numa cafeteira italiana legítima, trazida do além-mar, inclusive. Mas nunca acerto... Já tentei mais pó, menos pó, fogo mais alto e mais baixo, mais e menos água, enfim. Ou vaza, ou rende pouco, ou fica com gosto de café queimado. Só acerto mesmo fazer no coador, mas de manhã, na correria, nada mais prático do que a italiana, que ainda faz a quantidade certinha - nem desperdiça café, nem falta.

Finalmente, então, decidi pesquisar o modo de fazer e algumas dicas. Achei dois blogs bem legais e vou tentar seguindo as orientações. Acho que vai dar certo. Aqui tem dicas e aqui até um passo a passo, com foto e tudo. Resumindo:
- água apenas até a marcação; não adianta querer acelerar o processo e colocar água quente
- não pressionar o pó e usar um mais fino
- fogo baixo
- abrir a tampa quando começar a subir o café
- não precisa deixar o fogo ligado até terminar de passar, pode desligar antes que o vapor vai continuar subindo
E você? Qual seu jeito preferido de fazer café?

NC in a Jar

Nana Conde trouxe a ideia dos Estados Unidos: NC in a Jar é um vidro com os ingredientes para uma receita de brownie, muffin ou cookies. O jar vem em uma sacolinha de tecido e traz a matéria-prima básica seca, como farinha, açúcar mascavo, gotas de chocolate (da americana Toll House), coco ou M&M’S, organizada em camadas. Seguindo as instruções, é só adicionar manteiga, ovos e leite e finalizar o preparo. O vidro, da marca italiana Fido, pode ser usado para guardar os cookies prontos, por exemplo, ou decorar sua cozinha.
Os "jars" da marca: brownies, cookies ou muffins  (foto: divulgação)
São onze opções de receitas, como brownie com gotas de chocolate e coco, cookies de canela com nozes e muffin de limão com sementes de papoula. Excelente presente para quem gosta de cozinhar ou até para quem não tem muita experiência, o jar também é bacana para fazer com os filhos ou com amigos: o preparo é rápido e o resultado delicioso. Cada um custa R$100 e as encomendas devem ser feitas pelo site ou pelo email contato@ncinajar.com.br

domingo, 20 de março de 2011

Tic Tac

Recebemos esta semana na redação da Wish uma surpresa: uma embalagem grandona de Tic Tac cheia de caixinhas da bala. A ação faz parte da divulgação do sabor canela, novidade que ficará disponível por apenas seis meses.
Para o lançamento, a empresa pensou numa promoção bem legal: montou no shopping Eldorado um dominó gigante com 7500 caixinhas da bala. Todo mundo pode chutar o tempo que a engenhoca vai levar pra ser completamente derrubada, e o vencedor leva R$100 mil. As apostas podem ser feitas no site. O vídeo abaixo mostra o processo de testes e montagem do dominó, criado por Edu Fraga.

Pessoalmente, não gosto de canela, mas vai ser interessante ver o fim do dominó, dia 10 de abril, às 15h. Ah, a caixa gigante foi sorteada na redação, todo mundo queria. A fofa da Teka, nossa produtora, entrou no sorteio, ganhou e me deu =) 

sábado, 19 de março de 2011

Bebidas sobem mais de 10%

Segundo reportagem publicada na Folha de S.Paulo de 18/03/11, os preços das bebidas devem subir mais de 10% nos próximos dois meses. "Segundo Milton Seligman, vice-presidente da AmBev, os preços ficarão mais altos em decorrência do repasse ao consumidor do aumento de impostos sobre o setor". (Link de matéria no online aqui.)
É uma informação de mercado. Mas sabe por que coloco aqui? Porque vai mexer com nosso bolso. Sim, caro consumidor de bebidas e de restaurantes. Uma pesquisa do IBGE divulgada ano passado mostrou que nós, brasileiros, consumimos mais refrigerante que pão francês, e mais cerveja que macarrão.
Resumindo: nossa conta de mercado e no restaurante aumentará e, de novo, como tudo no Brasil, a culpa é deles, dos impostos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cozinha Pro

A Electrolux lançou ontem a nova linha Home Pro: são produtos para usar em casa, mas com qualidade e potência profissional. Para quem curte cozinhar, é um sonho: são sete produtos lindos e com performance acima dos "comuns". Tem refrigerador side by side, cooktop, micro-ondas, forno elétrico, fogão de piso, coifa e lava-louças.
Meu sonho é ter um cooktop, então sou suspeita... Já a coifa, coisa que nunca gostei muito porque geralmente chama a maior atenção na cozinha, me surpreendeu. Tem um design leve e moderno, iluminação em LED e pode ser usada como exaustor ou depurador de ar, em quatro velocidades escolhidas através do painel touch. Olha a foto:

Uma graça, né? A propósito, amei a Casa Electrolux, onde foi o evento. Eles não vendem os produtos lá, mas é um lugar onde você pode conhecer TODOS os produtos da marca, compará-los, enfim. Bem bacana. A linha nova é vendida com exclusividade pela Fast Shop.

Casa Electrolux
R. Colômbia, 157, São Paulo
Fast Shop

20 coisas (gastronômicas) para fazer em 2011

O Paladar, do Estadão, publicou no finalzinho do ano passado uma lista de 20 coisas para fazer antes de 2011 acabar. Ainda dá tempo! Selecionei alguns mais possíveis para reles mortais assalariados...
1. Fazer um piquenique ao pôr do sol
2. Fazer uma viagem gastronômica (na minha visão vale até degustão de queijo minas em Minas!)
3. Recupere antigas receitas de família
4. Cultive uma verdura na janela de casa
5. Monte uma biblioteca gastronômica básica (já comecei a minha, com incríveis presentes de aniversário)
6. Troque os temperos secos por ervas aromáticas fresquinhas, colhidas na hora

E aí? Quais são os seus objetivos gastronômicos?
Este é o link da reportagem.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Por que eu gosto de cozinhar...


 

Não tem coisa melhor do que ouvir que está bom algo que você cozinhou.
Imagem do site just-littlethings.tumblr.com

quarta-feira, 16 de março de 2011

Crônica: O mercado de Pinheiros

Reproduzo aqui um texto delicioso do colunista da Folha de S.Paulo Fabrício Corsaletti, publicado na revista sãopaulo de domingo, 13/03/11.

O mercado de Pinheiros
Fabrício Corsaletti, colunista da revista sãopaulo (edição de 13/03/2011)

Não sou grande frequentador de museus. É uma pena, pois gosto de museus e galerias e já tive boas experiências nesses lugares. Os fatos, porém, não me deixam iludir: vivo em São Paulo há 14 anos e fui apenas duas vezes ao Masp, nunca visitei o Museu da Língua Portuguesa e nem sei direito onde fica o do Ipiranga, ainda que "Independência ou morte!", o verso rock'n'roll de d. Pedro 1º, me faça pensar no nosso imperador como um ex-integrante dos Mutantes – o que não é pouca coisa. Mas não quero escrever sobre museus. Quero escrever sobre o mercado de Pinheiros, onde almocei na semana passada e que é, como todo mercado, o antimuseu, com seus produtos perecíveis e nenhum turista xarope tirando foto.

Sei lá, todas aquelas frutas e legumes frescos, coloridos... Dá vontade de tomar um ácido e ficar ali até entender o que o pimentão está cochichando à berinjela, qual é o problema do caju, o segredo das laranjas, por que as batatas são tão orgulhosas. Dá vontade de correr pra Cidade do México e saltar pra dentro de um mural de Diego Rivera. Dá vontade de ver um filme, dos mais extravagantes, de Almodóvar. Dá vontade de reler a "Ode à Alcachofra", de Neruda. Acho que todo mercado me dá vontade de falar espanhol.

Mudo, mas matutando em português, rodei os dois andares do mercado, parando em alguns boxes a fim de olhar com calma os queijos & os doces, as farinhas & os embutidos. Comprei um punhado de banana-passa. Depois fui conferir os peixes, os inacreditáveis nomes dos peixes: merluza, robalo, cavalinha. Peguei uma receita de ensopado com o peixeiro.

Quando senti fome, pedi uma truta com arroz e purê num restaurante do andar superior e fui feliz. Enquanto comia – sobre a minha cabeça, o teto abaulado –, tive a impressão de que o mercado de Pinheiros era um pequeno ginásio de esportes desativado – sem gritos de torcida organizada e sem apito de juiz. Um lugar silencioso (um túmulo, comparado ao Mercadão), onde o silêncio faz como que um contraponto a alguma coisa nervosa. (O caos do largo da Batata? Não sei.)

De volta ao trabalho, contei pro pessoal minha odisseia pelo mercado de Pinheiros: é um oásis, uma explosão de cores numa paisagem morta, uma bolha – ventilada – de tranquilidade, um monumento em homenagem a Dorival Caymmi, à vida simples, ao prazer. Mas tomaram minha exaltação por piada e me aconselharam a descer pra praia no final de semana e relaxar. Se ficasse em São Paulo, que procurasse um museu de verdade, e não um barracão abastecido pela Ceagesp. Você já viu o autorretrato do Modigliani que tem no MAC?

Não fiz nada disso. Visitei minha família em Santo Anastácio. E à minha sobrinha de três anos narrei minhas aventuras no mercado. Ela ria, mas me levando a sério, e quando a história acabou pediu que eu repetisse a parte do tomate maravilha, dos torcedores invisíveis e da comida com sabor de onda do mar pegando fogo.
O link é esse. E o endereço do mercado de Pinheiros é Rua Pedro Cristi, 89. De segunda a sábado, das 8h às 18h.

terça-feira, 15 de março de 2011

Mocotó

O lugar é simples e sensacional. Comida super de qualidade, preço mais que honesto, ambiente humilde, serviço atencioso... só que fica longe. O Mocotó fica na Vila Medeiros, nos confins da Zona Norte (e olha que eu sou da zn!) e foi aberto em 1973 pelo seu Zé, pai do Rodrigo Oliveira que hoje é o chef da casa - e o responsável por colocar o restaurante nos guias gastronômicos. A preocupação em manter a cultura e a tradição da comida sertaneja nordestina é demais. Vale muito! Só que atenção: é um lugar pra se esbaldar... Vá com tempo e não programe nada para depois que não seja uma boa sonequinha.
Mocofava
É legal ir com amigos e pedir um pouco de tudo: baião-de-dois, escondidinho de carne seca, mocofava, torresmo (o melhor que já comi), queijo coalho com melado, os quadradinhos de queijo com tapioca (tipo um pão de queijo), carne de sol assada com mandioca... De sobremesa tem o imperdível pudim de tapioca com coco, além de mousse de chocolate com cachaça e sorvete de rapadura.
A primeira vez que fui estávamos em sete ou oito pessoas, saímos de lá "mal" de tanto comer e deu R$30 por cabeça (com cerveja, suco, água). A casa tem uma carta de mais de 340 marcas de cachaça, servidas puras ou em caipirinhas.
Há poucos meses entrevistei o chef Rodrigo e escrevi um perfil para uma edição especial da Wish. Aqui está o pdf.

Av. Nossa Senhora do Loreto, 1100 - Vila Medeiros (ZN - um mapa para facilitar)
tel. 11 2951 3056

segunda-feira, 14 de março de 2011

Aulas com Morena Leite

Morena Leite, além dos restaurantes Capim Santo e Santinho, comanda também uma escola de gastronomia: Sabores e Saberes. As aulas são ministradas no Capim Santo, sempre das 20h às 22h30. Veja a programação 2011 completa aqui.
Destaquei algumas aulas que achei bem legais:

17 de março - Sarau Gastronômico - quatro receitas de peixes (linguado recheado com palmito pupunha, acompanhado de petit gateau de banana; badejo com farofa de camarão; salmão com figo; robalo com crosta de ervas) - R$250 
12 de maio - Sarau Gastronômico - tema: frango (frango envolto em crepe de mandioquinha; fricassé de frango com catupiry e crumble de ervas e coxa e sobrecoxa recheada com ricota e espinafre) - R$250
18 de agosto - Sarau Gastronômico - sobremesas (petit gateau de goiaba, tarte tatin de banana, terrine de chocolate e pudim de castanha do Pará) - R$180 
08 de setembro - Sarau Gastronômico - básicos (picadinho ensopado na cerveja preta com purê de mandioquinha e farofa de banana,filé mignon recheado com rúcula e queijo de cabra, carne seca acebolada com abóbora na tapioca e polenta com ragú de carne) - R$250
17 de novembro - Sarau Gastronômico de Natal - R$250

Al. Ministro Rocha Azevedo, 471 - Jardim Paulista

sexta-feira, 11 de março de 2011

Guia Itália - para comer e beber bem

A editora Bei acaba de lançar o guia Itália - para comer e beber bem. O restaurateur Juscelino Pereira (do Piselli e Zena Caffé) e o jornalista Gerardo Landulfo, italiano e um dos maiores divulgadores do país por aqui, reuniram o conhecimento de mais de 15 anos de viagens pela Itália no livro, que traz dicas preciosas de lugares imperdíveis nas vinte regiões do país europeu.
O guia tem 296 págs. e custa R$39
A edição de bolso reserva um capítulo para uma das regiões, onde os autores relembram a história, comentam os pratos, ingredientes e vinhos típicos e indicam os principais itinerários gastronômicos.
Eu já tenho o guia, só preciso marcar uma viagem para lá...

R$39, encontrado nas grandes livrarias

segunda-feira, 7 de março de 2011

Pôster para sua cozinha

O tcheco Jan Skácelík é designer gráfico e fotógrafo e cria pôsteres e objetos inspirados no design escandinavo. No Etsy (é um site onde pequenos empresários vendem seus produtos) são encontrados os desenhos abaixo e algumas opções de xícaras e canecas.

Ele manda para o Brasil e o preço médio de cada pôster é US$19 (impresso em papel 160g).
http://www.etsy.com/shop/handz

sexta-feira, 4 de março de 2011

Frutos do mar já eram consumidos há 12 mil anos

Há pouco tempo descobri que gosto muito de história da gastronomia, assunto que tenho estudado mais. É muito bacana você perceber e entender como o cenário cultural, religioso, geográfico de um povo influencia no modo que se come e no que se come.
Na edição de hoje da Folha de S.Paulo foi publicada uma reportagem muito interessante, na seção "Ciência": Jantar há 12 mil anos tinha frutos do mar. Cientistas descobriram que os primeiros habitantes da América tinham técnicas de navegação e caça e costumavam comer moluscos, peixes, mamíferos marinhos e até aves oceânicas.
Mas essa descoberta não é apenas alimentar: isso reforçou a ideia de que a colonização das Américas pode ter sido feita por uma rota costeira, e não pelo interior, como se imaginava antes.
Reproduzo o texto de Ricardo Bonalume Neto aqui.

Ping Pong

Fui com a Pamella conhecer o Ping Pong, que completou um ano em setembro de 2010. O restaurante é especializado em dim sum, pequenos bolinhos que podem ser cozidos no vapor, fritos ou assados. O cardápio é um pouco confuso, mas há uma pequena descrição abaixo de cada item - só complica se pedir um menu fechado, como fizemos: você tem que ler o nome, voltar no menu, encontrar o item e ler a descrição.
Ambiente do Ping Pong, no Itaim
A Pam não come nada "que não nade", então levou um tempo até checarmos se todos os itens do Healthy Fix (R$29) não eram de carne ou frango. O cardápio, aliás, está disponível no site do restaurante, em pdf, com preço e tudo - acho tão bacana isso!
Os dim sum cozidos no vapor (servidos em cestinhas super charmosas de bambu) estavam deliciosos. Provamos três: har gau, com recheio de camarão e broto de bambu; coriander, com camarão e coentro; e spinach and mushroom, espinafre com cogumelos. Depois, vieram dois rolinhos, um primavera e um vietnamese, de camarão e vegetais, e um envelopinho de folha de lótus com um arroz perfumado de legumes e gengibre.

A sopa chicken and coconut wonton (caldo de coco levemente picante com wonton de frango) não estava picante, e sim bem doce. Não tomei nem metade. Para beber, chá gelado de jasmin batido com melancia e lemongrass, capim santo macerado também com chá de jasmin. De sobremesa, cinnamon crackers with ginger ice cream: massinha harumaki (igual do rolinho primavera), frita e passada no açúcar-canela, com sorvete de gengibre. Bem gostoso e doce na medida.
Massinha harumaki e sorvete de gengibre
R. Lopes Neto, 15 - Itaim Bibi
tel. 11 3078 5808

quinta-feira, 3 de março de 2011

Vejinha: 50 coisas bacanas em restaurantes e bares

A Veja São Paulo publicou essa semana uma lista de 50 coisas bacanas em restaurantes e bares da capital. Eles selecionaram peças decorativas, curiosidades, móveis legais... Vale a pena!
O link está aqui.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Suri Ceviche Bar

Desde que o Suri abriu eu tinha vontade de ir conhecer, até porque a inauguração aconteceu perto de uma viagem que fiz pelo Peru, onde me apaixonei por ceviches (e pisco rs). Quando eu e Clarice, minha prima com quem moro, decidimos sair pra jantar juntas, pensei logo em ir lá.
Fachada do Suri, na Mateus Grou
Fomos numa quarta-feira e havia um pouco de espera. Pedimos caipirinha de saquê e pisco sour (que saudade do Peru!) e beliscamos o couvert de chips com guacamole e molho apimentado enquanto esperamos os ceviches azteca, prato novo no cardápio. Esse leva lula, camarão e peixe branco, com rocotos (pimentas), abacate e, claro, muito coentro, acompanhado de batata chips. Estava ótimo e é um prato super leve, ideal para os dias quentes, e que satisfaz.
Ceviche chifa, com camarão, lula e corvina
O ambiente é uma graça, o serviço super atencioso, a comida excelente e o preço bom: gastamos R$55 cada uma.

R. Mateus Grou, 488 - Pinheiros
tel. 11 3034 1763

terça-feira, 1 de março de 2011

Restaurante é negócio

Estou fazendo um curso de extensão no Senac sobre Jornalismo Gastronômico. A turma é dividida: metade jornalistas, metade gastrônomos. Uma das discussões acaloradas que tivemos foi sobre paixão pela comida e restaurante (ou negócio de alimentação) como negócio, visando lucro. Todo negócio visa lucro, é óbvio. Há quem defenda que é imprescindível amar aquilo que faz para fazer com qualidade.
E aí? O que é mais importante? O lucro ou o amor? Há como casar os dois e fazer sucesso?
Esta análise do Josimar Melo, publicada na Folha de S.Paulo de domingo dia 27 de fevereiro, coloca questões muito legais sobre essa polêmica.
obs. não coloquei o link porque é texto exclusivo para assinantes, então reproduzo abaixo.

Restaurante é negócio, e não a sala de jantar de casa
É BACANA ABRIR UM NEGÓCIO POR PAIXÃO. O PROBLEMA É QUANDO A PESSOA ESQUECE QUE É UM NEGÓCIO 
Josimar Melo, Folha de S.Paulo

Todo tipo de negócio tem as suas especificidades e as suas vicissitudes. Mas, quando se trata de restaurantes, acho que a coisa é ainda mais peculiar, o que pode explicar essa incrível taxa de fracassos.
A maioria das empresas, pequenas ou grandes, abre porque há um empreendedor disposto a ganhar dinheiro (não perder), e por isso costuma ser alguém que conhece o ramo, tem experiência e se cerca de profissionais capacitados.
Com restaurantes, nem sempre é assim. Muitos que debutam na área investem seu dinheiro pensando em coisas de outra ordem -o glamour da empreitada, a suposta diversão de poder receber amigos, além da deliciosa possibilidade de ter cozinha profissional para exercitar seu hobby: cozinhar.
É bacana abrir um negócio por paixão. O problema é quando a pessoa esquece que é um negócio, que ali não será a acolhedora sala de jantar de sua casa, mas, sim, uma empresa complicadíssima, com todos os problemas de qualquer empreendimento (obras, fluxo de caixa, impostos, pessoal, público), sendo que não há um diretor (financeiro, RH, corporativo etc.) para cada área.
Ou seja, como pequena empresa, é o coitado que terá que se encarregar de tudo: administrar o dinheiro, driblar os impostos, demitir o gerente que está roubando (depois enfrentá-lo na Justiça do Trabalho), sorrir para o cliente idiota que quer o peito de pato beeeem passado... e ainda criar, cozinhar, servir com alegria suas iguarias!
Claro que esses estabelecimentos não prosperam, tornam-se um martírio para o dono novato e fecham logo.
Para engordar ainda mais a estatística dos fechamentos, há outro tipo de estabelecimento. São aqueles mistos de restaurante, bar e lounge em geral abertos por playboys endinheirados já com a intenção de fechar logo.
A ideia é que durem apenas um ano ou uma temporada, bombem, vendam champanhe a preços estratosféricos (o público acha bom, porque assim "pobre não entra") e basta. Nesse curto período, o dono embolsa grana, no momento em que a casa é novidade cheia de mauricinhos; e em seguida a fecha ou passa adiante. É uma morte anunciada.
São características próprias, bem particulares, do negócio restaurante. E que não devem existir em muitas outras áreas.
Você imagina, por exemplo, alguém abrir um posto de gasolina, uma oficina mecânica, uma loja de roupas, uma escola de línguas, um cabeleireiro, um supermercado porque acha glamouroso, bacana para receber amigos? Ou com o intuito de tocar por um ano e depois jogar no lixo?